terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Guerra

a linha de frente, de frente
a guarda armada, bandeira em riste
cavalos aguardam a ordem
silêncio

é dado sinal, tremores de terra, abalos sísmicos
tudo se passa em um segundo
não se sabe mais quem é ataque e quem é defesa
pelo menos por este instante

mas eis que de um lado, baixa-se a guarda
e aí, não há mais luta
o outro lado, triunfa como uma er(up)ção

daí em diante, só sobram possíveis futuros
o que sobrou do perdedor se pergunta se há vida após tormenta
e o que sobrou do vencedor se pergunta se há a calmaria da vitória.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quisera eu escrever o que sinto por metáforas assim. Às vezes a gente só precisa de um espaço pra desabafar (já que nem sempre temos um alguém na poltrona quando estamos sofrendo no divã) e espero que aqui seja o lugar que você escontrou. Eu vou procurar o meu...pode ser um blog...mas mais provável que seja os seus ouvidos.

Escreva sempre, mas baseie-se mais na cara feliz da máscara do teatro (falando BANANAA)...porque, se um bom samba nasce do sofrimento, uma boa postagem pode nascer da alegria.

=))

(momento introspecto-deprimido-nostálgico-sentimental de Leonardo Bastos)